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EF Stories: Rosemary do Brasil na EF Cape Town

Conversamos com a brasileira sobre sua experiência inesquecível aprendendo inglês na EF Cape Town. Aqui está o que ela compartilhou com a gente!
EF Stories: Rosemary do Brasil na EF Cape Town

Uma viagem pode estar associada a diferentes propósitos. Pausa para descanso ou diversão.  Momento de matar a saudade ou de aproximação com o novo.  A experiência da Rosemary, aos 68 anos, no continente africano, tem muitos significados. O contato com outros modos de vida permitiu expandir o conhecimento e a bagagem cultural.  E durante essa jornada,  a grande conquista foi explorar o território de si mesma, interligando futuro, presente e passado.

Rosemary cresceu com vontade de aprender inglês. As condições financeiras da família, porém,  atrasaram o ingresso em uma escola de idiomas. Em meio aos obstáculos para investir em um curso de formação, ela conseguiu se matricular na instituição mais em conta da época. Relembrar o passado despertou emoções de quem conhece a dura realidade dos limites impostos pela situação econômica. A conversa interrompida pelo choro foi retomada, desenhando um exemplo de coragem e resiliência. "Eu tinha uma barreira com o inglês por causa das dificuldades, hoje eu vejo que a vida é feita de altos e baixos. Nada é constante", diz a moradora de São Paulo. 

O entendimento da língua inglesa se tornou fundamental para o desenvolvimento da atual carreira. Os cursos de aperfeiçoamento realizados por ela costumam ser ministrados em inglês. "Eu prefiro entender o que está sendo dito a depender do tradutor", conta Rosemary. A mudança de profissão ocorreu com a aposentadoria, depois de 42 anos, na área tecnológica.

A aposentada resolveu arriscar um novo estilo de trabalho, influenciada pela ligação com a Yoga e outras técnicas indianas. Mãe de dois filhos e divorciada, ela virou terapeuta de Ayurveda. A terapia natural é uma das mais antigas do mundo e significa "conhecimento da vida". O interesse surgiu na busca por melhor qualidade de vida, equilibrando corpo, mente e espírito, a partir da compreensão das origens das próprias dores e problemas . A experiência pessoal acabou se transformando em profissão com um toque especial: "Eu gosto da Ayurveda. Ela cuida das pessoas", ressaltou Rosemary.

A necessidade de aperfeiçoar o conhecimento do inglês aliada ao desejo de viver uma nova fase levaram a aposentada a juntar dinheiro para fazer intercâmbio para um país de língua inglesa. "Eu sou uma pessoa tímida; queria saber se eu seria capaz de falar, queria saber como eu iria me sentir", diz Rosemary, que escolheu o continente africano para realizar o desejo de viajar, pela primeira vez, sozinha para o exterior.

A terapeuta ficou sete semanas na Cidade do Cabo, na África do Sul. "Achei a cidade muito bonita, as pessoas são acolhedoras e a comida é muito boa", contou Rosemary.  Cada lugar se tornou uma oportunidade de sair da zona de conforto na jornada de autoconhecimento.

A vivência do intercâmbio trouxe um sentimento de liberdade para a aposentada. "Foi uma experiência libertadora. Eu me senti livre, dona de mim e do meu tempo. Foi uma delícia!", comentou Rosemary que gostou de tomar as próprias decisões sobre cada detalhe da viagem, desde a comida até os lugares de passeio.

Nas aulas de inglês, ela desafiou a si mesma. "Eu disse para mim mesma que eu não iria sentir vergonha, e consegui participar de todas as aulas", comemora a estudante que também explorou novas possibilidades de comportamentos, nos horários livres,  durante os passeios pela cidade. A mulher tímida deu lugar a uma visitante comunicativa e colecionadora de amizades. "Eu conversava com os moradores locais e com todo mundo.  Fiz amizades com várias pessoas e até hoje elas me mandam mensagens", diz Rosemary, cerca de um ano depois da experiência.

De volta ao Brasil, ela lembra de um jantar que participou com outros estudantes da EF. Ela percebeu que se sentiu mais à vontade para conversar com as pessoas e aproveitar a confraternização com o grupo. A interação reflete o comportamento mais despreocupado da aposentada diante das situações cotidianas. Rosemary não tem mais dúvida do que é capaz e aprendeu, acima de tudo, a acreditar mais nela mesma. "Eu me sinto mais segura, não preciso acertar tudo, eu posso errar", diz Rosemary mais confiante do que nunca.

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