Por que o inglês americano e o britânico soam diferente
Nós até podemos dividir um idioma, mas não há nada de similar quando se trata em ouvir alguém dos EUA conversando com alguém do Reino Unido. Tudo, desde colocar um “z” em todo lugar até palavras que são escritas de forma igual, mas quando são pronunciadas, soam totalmente diferentes – tem um oceano de diferenças linguísticas entre as duas modalidades do Inglês. Mas não se assuste! Se você estiver aprendendo Inglês em Londres e quer saber o que torna seu sotaque diferente de alguém que aprende Inglês em Nova York, aqui vai o que você precisa saber.
1. O Inglês Americano na verdade é mais antigo
Isso não é o tipo de coisa que você conta para um britânico, porque nós somos o país que deu a luz à América que conhecemos hoje. Quando os primeiros colonos zarparam da Inglaterra para a América, eles levaram a maneira de falar da época, que era baseada em algo chamado “rhotic speech” (quando você pronuncia o som do “r” em uma palavra). Enquanto isso, de volta para as ricas cidades do sul do Reino Unido, as pessoas das novas classes altas queriam uma maneira de se diferenciar dos outros, então eles começaram a mudar sua pronúncia para que o “r” fosse pronunciado de forma mais macia, falando palavras como “winter” soarem como “win-tuh” ao invés de “win-terr”. É claro que essas pessoas eram populares e todos queriam copiá-las, então essa nova forma de falar – a qual os britânicos se referem como a pronúncia padrão – se espalhou por todo o sul da Inglaterra. Isso explica porque muitos lugares fora do sul do país ainda tem a “rhotic pronunciation” como parte de seus sotaques locais. Basicamente, se você falar o Inglês de Londres, você soará mais “fino”.
2. O Inglês Britânico se parece mais com o Francês
O Francês influenciou o Inglês muito mais do que os falantes da língua admitiriam. A primeira vez foi quando William, o Conquistador invadiu a Bretanha no séc. XI (mais sobre a história do Inglês aqui), trazendo o Francês Normando consigo e fazendo dele a principal língua – usada em escolas, cortes, universidades e nas classes mais altas. Isso não durou por muito tempo, mas evoluiu para o “Middle English”, que era uma mistura de todas as influências linguísticas da época. A segunda vez foi durante o séc. XVIII, quando se tornou moda no Reino Unido usar palavras estilizadas do Francês. Claro que os americanos já estavam vivendo suas vidas do outro lado do Atlântico e por isso não fizeram parte desse movimento. É por isso que o Inglês Britânico tem mais similaridades linguísticas com o Francês do que com o Inglês Americano.
3. A ortografia americana foi inventada como forma de protesto
Os dicionários americanos e britânicos são muito diferentes, porque eles foram copilados por dois autores diferentes com duas perspectivas bem diferentes de linguagem: o dicionário do Reino Unido foi copilado por estudiosos de Londres que queriam apenas coletar todas as palavras conhecidas do Inglês, enquanto o americano foi feito por um lexicógrafo chamado Noah Webster. Webster queria que a gramática fosse um meio da América mostrar sua independência das antigas regras britânicas. Ele tirou a letra “u” de palavras como “colour” e “honour” – que foi desenvolvida pela influência francesa – que se tornaram “color” e “honor”. Ele fez o mesmo com palavras terminadas em “-ise” e as fez terminadas em “-ize”, porque ele pensou que a ortografia da gramática americana deveria refletir o modo como as palavras são pronunciadas.
4. O Inglês Americano gosta de remover completamente as palavras
Às vezes há diferenças no Inglês Americano que não fazem sentido para falantes do Britânico – como quando os americanos removem verbos inteiros de frases. Quando um americano conta para alguém que irá escrever uma carta para eles, ele fala “I’ll write them”. Quando você pergunta a um americano se ele quer fazer compras, ele pode dizer “I could”. Retirar os verbos pode ser porque os americanos querem falar as coisas rapidamente – ou talvez seja porque os britânicos simplesmente gostam de soletrar exatamente o que estão falando. Ninguém está certo ou errado aqui, mas se fossemos declarar um vencedor, ele seria o Inglês Britânico, porque, francamente, o Inglês Americano não faz sentido. Não sendo tendencioso aqui.
5. Os dois tipos de Inglês incorporaram palavras de línguas diferentes
É claro que o Inglês Britânico e o Americano têm se desenvolvido de forma diferente, quando você considera as influências culturais que afetaram cada uma independente, e como elas incorporaram palavras dessas culturas. Por alguma razão, isso é muito comum com palavras para comida: exemplos incluem coriander (Inglês Britânico, derivado do Francês) e cilantro (Inglês Americano, derivado do Espanhol), e aubergine (Britânico, derivado do Árabe) e eggplant (Americano, assim chamado por se parecer com um ovo roxo). Há muito mais exemplos, mas o importante é lembrar de aprender essas diferenças dependendo do país em que você está estudando. No final das contas, você não quer pedir um “aluminium foil” e pronunciar “aloo-minnum”.